Todos os temas envolvidos pela Educação Social merecem a nossa preocupação, no entanto aquele que me desperta maior inquietação é a Violência nas Escolas e o que nós enquanto Educadores Sociais podemos fazer para prevenir e diminuir este fenómeno.
Hoje facilmente se tem acesso a todo e qualquer tipo de informação e não menos fácil é para os jovens aceder aos vários tipos de violência expressa nos programas televisivos, na internet, nos vídeojogos, etc, que posteriormente assumem para si como forma de agir perante a comunidade.
Assim podemos dizer que a violência exercida entre pares - Bulling - e de alunos para professores, não é mais do que um acto aprendido socialmente atraves de imitação de condutas observadas, é uma aprendizagem que se processa como todas as aprendizagens sociais. Da mesma maneira que se imitam formas de vestir, de falar e até de agir, também se imitam comportamentos violentos. Maioritariamente estes comportamentos desenvolvem-se no ambiente escolar.
A escola é cada vez mais um meio obrigatório para todos, representando o meio de socialização onde se passa mais tempo desde criança até à inserção na vida laboral. Como tal centra-se demasiado no seu papel de transmissão de saberes e esquece que a aprendizagem da cidadania é essencial para cada individuo.
A unidade escolar tem algumas dificuldades em lidar com o universo multicultural que a constitui, o que agudiza as desigualdades existentes na sociedade, provocando nos alunos sentimentos de exclusão e de revolta que se traduzem em actos de violência dirigidos tanto aos colegas como aos professores.
É difícil lidar com estas situações de violência que temos vindo assistir frequentemente.
É a violência exercida entre pares dentro e fora das escolas, são os actos violentos de alunos contra professores, que provoca um sentimento de insegurança desta profissão, e nos leva a questionar "onde vamos parar?" e " Será que não se pode fazer nada para travar estas atitudes?"
A intervenção dos Educadores Sociais nas escolas poderia dar resposta a estas e outras questões.
Poderíamos promover a assertividade a nivel das relações interpessoais entre os alunos; promover o respeito pela diferença; Educar para a não violência; Ensinar a resolver conflitos sem agressões...
Apesar do papel do educador Social ser de extrema importância, nestes casos, não podemos descurar a importância dos próprios professores, havendo a necessidade de uma formação especializada para melhor enfrentar e tratar as situações que vão surgindo.
No entanto, não podemos esquecer que a própria familia também tem a sua cota parte na erradicação deste fenómeno de Violência e Bulling.
Vera Silva
SENTIDO CERTO
Há 6 anos
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