São imensas as histórias que nos chegam sobre idosos isolados. A que temos para vos contar, é uma dessas histórias.A sra. D. é uma idosa que vive só num apartamento tendo por única companhia o seu cão.
Os vizinhos sentiram a sua falta e com a autorização do porteiro arrobaram a porta e encontraram a sra sentada num banco, da sala sem se conseguir levantar. Durante três dias comeu apenas fruta e bolachas, a única coisa que conseguia chegar.
Os vizinhos sabendo que a sua família não lhe prestava apoio decidiu chamar os serviços sociais. Estes por sua vez não tiveram uma boa actuacção, em vez de ter em conta a vontade da idosa "obigaram-na" a aceitar determinadas políticas...deixando contra vontade a sua casa, os seus hábitos e as suas recordações...
A sociedade contemporânea considera de facto, a TERCEIRA IDADE como uma problemática social.
Isto porque, há cada vez mais uma estigmatização da pessoa idosa.
Outrora, estes possuiam um lugar de destaque e tinham um porto seguro, a sua família. Com o passar dos tempos e com as rápidas modificações da família estes hábitos foram-se perdendo.
Hoje em dia, o idoso é visto como um fardo, coitado, só, triste, improdutivo e com baixa auto-estima...
Esta situação é mais visível nos idosos que vivem sós e isolados, porque não têm a quem recorrer, ou por sua vez, têm o auxílio dos vizinhos.
É deste paradigma que as politicas socias surgem, para que os idosos tenham o apoio que não encontram na sua família. Por vezes, este apoio nem sempre, consegue adaptar-se às necessidades dos que mais necessitam.
Sendo assim,o assisttente social muito tem a fazer para que esta problemática diminua gradualmente. Mas, a sua intervenção deve ter por base o respeito pelos direitos da pessoa idosa, e não impor, como muitas das vezes o faz, o que é melhor para ele e para a resolução da situação, mas não para o idoso.
Deste legado, são violados,perante a sra D, os seguintes direitos:o direito à escolha, o direito à segurança económica e a um nível de vida suficiente, o direito à prestação de serviços de saúde e por último, o direito á segurança social e a seguros sociais.
Desta forma o Educador Social deve auxiliar a pessoa idosa, no sentido de construir a sua própria autonomia, para que este possa ter as suas ferramentas, para a construção da sua qualidade de vida e da sua auto-estima.
No entanto, como Educadoras Sociais, devemos apostar na educabilidade da nossa sociedade fomentando desta forma o envelhecimento activo.
SENTIDO CERTO
Há 6 anos
8 comentários:
Também gosto desta história, mas faltam alguns pormenores. Está bem executada a intervenção do educador social, sou Maria de Fátima Esteves, em 05/07/08.
Gostei da reflexão sobre o tema, agora colegas vamos à luta, afinal essa é a nossa função. Um abraço Tatiana.
É arrepiante pensar numa velhice trancado num apartamento, tendo como amigo um cão... gostei da história.
daniel
O tema é pertinente na sociedade actual.
Boa reflexão!
Dora, Mariana, Carlos e Anabela
Gostamos muito do tema, é cada vez mais uma questão pertinente, esta da Terceira Idade, uma vez que temos tendência para uma sociedade cada vez mais envelhecida.
Nos casos de solidão dos idosos, devemos ter muito cuidado com a intervenção a usar, pois apesar de sabermos que determinadas situações são as melhores, não as podemos obrigar, temos de ir aos poucos. Por isso mesmo, gostamos muito da vossa reflexão.
Vera e Leia
muito bom o texto, mais uma das tristes historias da terceira idade, o q é muito bem lembrado nao violar o direito à escolha,porq o q vemos muito é lavá-los contrariados a um Lar de idosos, lá tem mais segurança física, mas mata a historia vivida em sua casa, tornando-os uma pessoa amarga...
leia muzza
De facto ser idoso não é fácil nos dias de hoje! O seu estatuto mudou, este já não é encarado com o mesmo respeito de antigamente.
O ritmo de vida acelerado que se vive actualmente conduz muitas vezez ao abandono do idoso, que acaba por ficar inteiramente ao seu encargo. Será falta de tempo ou egoísmo da nossa parte? Reflexões à parte...
Neste contexto torna-se fundamental a intervenção do Educador Social, que, não sendo um substituto da família, poderá apoiar o idoso na criação de condiç
ões que lhe garantam um final de vida digno e com qualidade.
A vossa reflexão sobre esta questão é de facto muito pertinente.
Anabela, Carlos, Dora e Mariana.
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