domingo, 31 de agosto de 2008

A agressão masculina nos contextos de violência contra mulheres...

A problemática da violência contra as mulheres revela que por detrás de muitas condutas violentas encontram-se representações sociais do "ser masculino" e do "ser feminino", interiorizadas tanto em homens como em mulheres: e que essas representações fazem com que o contexto da autoria saia da mera esfera dos autores materiais da agressão para o das formas como o agressor e a vítima se representam socialmente entre si e na sua relação mútua.
A violência nas relações amorosas expressa dinâmicas de afecto/poder, nas quais estão presentes relações de subordinação e dominação (por vezes consentidas), sendo o ritual das agressões iniciado, muitas vezes, no namoro, que corresponde à fase da escolha do(a)parceiro(a) e também ao momento em que se iniciam as primeiras negociações e padrões de relacionamento. E, que em alguns casos, apesar da gravidade das agressões, vários mecanismos psicológicos, sociais e culturais ajudam a prolongar a situação mesmo depois de casadas.Num estudo recente, sobre as situações de violência extrema que dão origem a processos nos Institutos de Medicina Legal (IMLs) e futura participação judicial, a maioria de casos observados em Coimbra e no Porto referem-se à violência física (83%). Apesar da gravidade dos actos, os resultados mostram também que, para a maioria destas mulheres há uma trajectória de violência que vem detrás: em 84% dos casos é anterior ao último ano e em 36.7% das situações essa violência prolonga-se mesmo por um período dupeiror a dez anos. Igualmente é de assinalar a percentagem considerável de mulheres que refere ter sofrido vários tipos de violência (nomeadamente, física e psicológica), o que vem reforçar a hipótese de que em alguns casos a violência tende a ocorrer em "cachos", no sentido em que os actos estão intrincados entre si e vão ocorrendo de uma forma articulada e em cascata, particularmente quando há uma trajectória de violência. Importa, então, conhecer o que prende estas mulheres a relações violentas, quando se encontram em contextos sociais que a tal não são obrigadas por constrangimentos institucionais, ou sociais deles derivados.
Formulação do Problema

De certo modo, poder-se-á dizer que a violência que afecta as mulheres é também socialmente construí da, quer pelos contextos socioculturais mais próximos que lhe estão associados na esfera das interacções quotidianas da vida privada e social, quer pelos contextos das várias camadas da sociedade envolvente, que, pela estigmatização dos géneros e dos papéis sociais institucionalizados, criam condições para que ela ocorra com diferente intensidade e frequência.
Quanto ao perfil social dos agressores, e tendo por referência os estudos citados, verificase que na relação de parentesco com as vítimas predominam os maridos (49,6% IMLs; 40% Custos Sociais), sendo que, nos resultados do estudo do IML de Coimbra 12,2% das mulheres vítimas têm como agressores os namorados.Outro aspecto importante que ajuda a compreender o contexto social e cultural que está subjacente à autoria da violência diz respeito às causas apontadas para a agressão. No caso da violência extrema, detectada nos IMLs, o ciúme é a mais referida (44,4%, sendo particularmente expressiva em Coimbra com 54,6%). O sentimento de ciúme, enquanto justificação da agressão, surge estreitamente relacionado com a construção social dos géneros, legitimando implicitamente (ou atenuando) a conduta de quem agride e, em alguns casos, servindo de prova da existência de afecto.
Objectivo geral

Interferir na Família: Expectativas de Reacção da Vitima de violência conjugal e da comunidade. A interferência na família por parte de entidades externas pode configurar a intervenção informal (por exemplo por parte de outros familiares ou dos vizinhos) ou formal e institucionalizada (por exemplo por parte das agências sociais e/ ou judiciais).
Objectivos específicos
Partindo de uma análise cultural do problema da violência no seio da família, pressupor que a interferência formal e institucionalizada é condicionada pelas crenças, valores e práticas sociais que consubstanciam uma percepção da família que é partilhada pela comunidade em determinado momento histórico (percepção social), definindo, de forma tácita, as normas, os limites e as expectativas em relação a essa mesma interferência. Quando os maus tratos conjugais configuram um crime público importa conhecer a percepção da comunidade em relação às expectativas de comportamento de uma mulher vitima de violência conjugal, às expectativas em relação às medidas a aplicar ao agressor e à motivação para intervir numa situação de maus tratos conjugais, alheia ao próprio, sugerindo a expectativa de comportamento por parte da comunidade em geral, no que concerne às situações de maus tratos conjugais.
Conhecer, Capacitar Prevenir; uma proposta interdisciplinar de enfrentamento da violência doméstica contra mulheres,crianças e adolescentes.
Metodologia
A violência, em suas diferentes expressões, tem sido um dos fenômenos que mais preocupam a sociedade brasileira. Muito se tem discutido sobre formas para o seu enfrentamento, porém, pouco se fala em termos de prevenção. Com o objetivo de sensibilizar os sujeitos envolvidos nessa temática, uma equipe interdisciplinar busca resgatar / recriar formas democráticas de relacionamento e educação, que privilegiam o respeito, o diálogo, o afeto, respaldados nos princípios da Cultura da Paz (UNESCO). Propõe-se também a rejeição ao "pacto do silêncio", do qual participam vítimas, familiares e, infelizmente muitos profissionais que, de alguma forma, mantêm relações sociais com estas famílias. Incentivar a notificação dos casos de violência aos órgãos de defesa dos direitos da criança, entendendo que a omissão da escola contribui para que o fenômeno da violência doméstica contra crianças e adolescentes se reproduza socialmente.
Caracterização

As perspectivas tradicionais sobre a violência conjugal têm-se baseado na assunção empírica de que os homens são provavelmente mais capazes de se envolver em actividades violentas nas relações conjugais, sendo o próprio termo "violência conjugal" usado como eufemismo de "mulheres agredidas".Não se pretende diminuir a importância deste problema cada vez mais reconhecido e investigado. Também não é objectivo explorar a ideia, sugerida por alguns autores, de que as agressões cometidas pelas mulheres sobre os homens, no âmbito da vivência conjugal, constituem um fenómeno social comparável, na sua natureza e magnitude, ao das mulheres mal tratadas. Se alguns autores o afirmam, é importante notar que outros oferecem argumentos igualmente válidos que contribuem para desmistificar tal noção.Contudo, e independentemente da discussão em torno da questão da simetria no uso da violência conjugal, sabe-se que também as mulheres se podem constituir como agressoras. Havendo certamente diferenças entre as experiências de mulheres e de homens abusados, ambos os lados da questão deverão ser aceites como avenidas viáveis de investigação abrindo caminho para que o problema da violência conjugal possa ser compreendido de forma mais plena. Da comparação entre representações masculinas e representações femininas pode resultar uma visão mais holística sobre a natureza, a dinâmica, as formas e consequências da violência conjugal. A questão não passa por negar a existência, de facto, de homens violentados, mas pela necessidade de compreender as condições em que a violência é exercida, o que motiva as mulheres a fazerem-no (se se trata de uma "violência defensiva" e/ou de uma "violência ofensiva"), o contexto em que ela ocorre, as consequências que daí podem advir e as interpretações que tanto homens como mulheres elaboram para explicar o fenómeno tendo, portanto, presente vários indicadores que poderão ajudar a enquadrar a questão da simetria/assimetria da violência conjugal. Interessante será perceber que consoante as metodologias e instrumentos de investigação utilizados os argumentos sobre a simetria ou assimetria na violência conjugal pendem ora num ora no outro sentido. Daí se concluir a necessidade de se estabelecerem, nas investigações em curso, não só critérios rigorosos de análise como também a afirmação da centralidade de determinadas distinções, designadamente, no que respeita aos tipos de agressões e de agressores e também aos tipos de relacionamentos e diferenças de género, evitando deste modo generalizações descuidadas de um contexto para outro.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Trabalho para Avaliação do Módulo

Projecto de Investigação – Resposta educativa da Escola Regular aos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE).

Numa época em que tanto se fala e se valoriza o acesso de todos os cidadãos aos seus direitos fundamentais; nomeadamente o direito à educação, à igualdade de oportunidades, ou à participação na sociedade, a Escola pode e deve tornar-se num dos agentes mais activos e válidos no processo de inclusão das crianças com NEE.

Tendo em conta que a escola tende a tornar-se mais inclusiva e, por conseguinte, a ter uma maior responsabilização, será importante percebermos como a comunidade escolar actual trabalha com estas crianças. Para além disso, pretendo conhecer as diferenças entre os conceitos integração e inclusão e compreender se este último está assimilado pelos intervenientes directos deste processo evolutivo. É evidente que alguma mudança só é possível através do esforço e cooperação de diversos intervenientes (escolas, instituições, famílias…) de forma a encontrarem respostas adequadas às necessidades destas crianças.

Formulação do problema

A melhor forma de começar um trabalho de investigação consiste em formular uma pergunta de partida – “A Escola Regular apresenta uma resposta educativa adequada aos alunos com Necessidades Educativas Especiais?”


Definição dos Objectivos

A fim de desenvolver esta investigação e tentar dar resposta à questão enunciada, constituem-se como principais objectivos deste trabalho:

  • Compreender se a Escola Regular fornece uma resposta adequada às crianças com NEE;

  • Perceber se os pais das crianças com NEE estão satisfeitos com o trabalho realizado na escola;

  • Salientar o papel da família para a inclusão das crianças com NEE;

  • Analisar se o conceito de Escola Inclusiva está assimilado pelos profissionais de Educação;

  • Verificar se as estratégias utilizadas se adequam às necessidades e potencialidades das crianças com NEE;

  • Constatar o envolvimento das crianças com NEE no grupo-turma;

  • Analisar a situação destas crianças face ao seu futuro.

Metodologia a utilizar

Falarmos em metodologia, no processo de investigação é, acima de tudo, referenciar um conjunto de procedimentos, técnicas e estratégias levadas a cabo com o intuito último de lhe conferir rigor e coerência. Tais procedimentos revelam a essência do percurso a seguir no processo de investigação.
Perante o problema apresentado, torna-se imprescindível procurar informações de cariz pessoal, daí que a metodologia a utilizar, como forma de recolha de dados, será uma investigação de teor qualitativo (realização de entrevistas e observações, de tipo naturalista). As entrevistas permitirão recolher várias informações, contactando directamente e pessoalmente com os intervenientes no estudo. Por sua vez, as observações, de tipo naturalista, permitirão observar os comportamentos dos sujeitos no seu contexto, privilegiando o binómio indivíduo-meio.


Caracterização da Amostra

A amostra das entrevistas será constituída por: um Presidente do Conselho Executivo; dois Docentes da Educação Especial; um Educador de Infância; um Professor do 1.º Ciclo e dois Encarregados de Educação.

Serão realizadas seis observações, de tipo naturalista, a turmas do ensino regular (três observações numa turma do Pré-Escolar e três numa turma do 1.º Ciclo) onde se encontrem incluídas crianças com NEE.

Deste modo, será possível obter o parecer de diferentes intervenientes no processo de ensino-aprendizagem e verificar as respostas educativas disponibilizadas às crianças com NEE, bem como a sua interacção com os restantes colegas da turma.


terça-feira, 12 de agosto de 2008

A humanidade

Aqui vai uma opinião para refletir...


" O que me surpreende na Humanidade?
São os Homens...
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fosse morrer ... e morrem como se nunca tivessem vivido."

Dalai Lama

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Regresso da Madeira

Olá colegas! Tudo bem?
Acabei de regressar da Madeira e estou encantado com tanta beleza que o nosso país tem por descobrir!
Aconselho vivamente umas férias no Funchal ou em Porto Santo que tem uma praia deslumbrante e uma paisagem arrebatadora.
Vou organizar as fotos que tirei e irei publicar algumas no blog.
Entretanto, vou ver se faço o que a professora nos pediu.
Um abraço e boas férias!

hoje

Hoje tratarei de ser feliz e esquecer as dores que vivi.Hoje tratarei de ser feliz e já não lembrarei dos momentos que sofri.Hoje tratarei de ser feliz...Foi pra isso que nasci. Foi pra isso que vivi. Foi pra isso.Esquecerei minha condição de pecador e, fixarei meu pensamento, na grandeza do momento, em que Deus tomou-me ao colo e exclamou: " ES MEU FILHO... OBRA DE MINHAS MÃOS". Será essa a minha condição: viver e ser feliz.Hoje sou feliz... o serei eternamente.

daniel